A comunicação de massa
surgiu como uma grande força após a guerra
mundial. A mídia foi encarada como capaz de moldar a opinião pública e inclinar as massas para qualquer ponto
de vista desejado pelo comunicador.
A propaganda era considerada capaz de fundir os indivíduos em uma
massa amalgamada de ódio, vontade e esperança.
A teoria da comunicação de
massa é relativamente de estimulo-resposta,
mas também refere-se a organização
social da sociedade como a estrutura
psicológica dos seres humanos que estão sendo estimulados e estão reagindo
a mensagem da comunicação de massa.
ESTIMULO à MENSAGEM à RESPOSTA
A medida que se tornaram
disponíveis novas concepções referentes a natureza do ser humano individual e
da sociedade, as teorias da comunicação de massa foram modificadas pela introdução de variáveis intervenientes
entre o lado do estimulo da equação estimulo-resposta
e do lado da resposta.
Esse primeiro conjunto de crenças
nunca foi realmente formulado na época através de uma afirmação sistemática por
qualquer estudioso de comunicação, mas veio a ser chamado de Teoria da Bala Mágica, Teoria da Agulha
Hipodérmica e Teoria da Correia de Transmissão. Foram tais teorias que
orientaram o pensamento daqueles que encararam a mídia como sendo poderosa.
A teoria da Bala Mágica,
baseada em mecanismos instintivos E – R
(estimulo – reação) e a crença de que a mídia se compunha de poderosos
recursos, parecia inteiramente válida: enunciou-se
que estímulos poderosos eram uniformemente atendidos pelos membros individuais
da massa.
Tais estímulos drenavam impulsos, emoções sobre os quais os indivíduos não tinham controle. Devido a natureza herdada desses mecanismos,
cada pessoa reagia mais ou menos uniformemente.
Também, havia poucos vínculos sociais
sólidos para cortar as influencias de tais mecanismos porque o individuo se
encontrava psicologicamente isolado
de laços sociais robustos e de um controle social informal.
Assim, o ponto de vista da Teoria da Bala Mágica era coerente com
a teoria geral da psicologia e da
sociologia daquela época.
Segundo Mauro Wolf, mais que
um modelo sobre o processo de comunicação a Teoria Hipodérmica é uma teoria
de ação elaborada pela psicologia
behaviorista.
O seu objetivo é o estudo do
comportamento humano com os métodos de experimentação e observação
das ciências naturais e biológicas. Na relação entre organismo e ambiente, o
elemento crucial é o estimulo, esse
estimulo inclui os objetos e condições
exteriores ao sujeito, que produzem
uma resposta.
Estímulos e respostas
parecem ser as unidades naturais em cujos termos pode ser descrito o comportamento.
Uma resposta não estimulada, é um estimulo sem causa, por isso ambos tornam-se
uma unidade.
Nesse sentido percebe-se que
durante o período da Teoria Hipodérmica, os efeitos não são estudados, mas
dados como certos. Note a descrição fundamental da sociedade de massa: isolamento físico e normativo dos
indivíduos, que contribui para acentuar o modelo E – R, sem considerar o
contexto em que se verifica o estimulo, ou as experiências anteriores dos
sujeitos que conduzem as respostas.
Lasswell, como aplicação de
um modelo para analise sócio-politica, explicou que uma forma adequada para
descrever um ato de comunicação é
responder as perguntas:
Quem?
(estudo
dos emissores)
Diz
o que? (conteúdo das mensagens)
Através
de que canal? (analise dos meios)
Com
que efeito? (analise da audiência)
Essas variáveis definem o
estudo dos emissores, o conteúdo das mensagens, a análise dos meios e da
audiência. O modelo se transformou numa
teoria da comunicação por muito tempo com estreita ligação com a teoria da
informação.
Assim, a superação da teoria hipodérmica deu-se
segundo 3 diretrizes:
As
abordagens empíricas de tipo psicológico-experimental, que
explicam os fenômenos psicológicos individuais que constituem
a relação comunicativa.
A de tipo sociológica que, explicita os fatores de mediação existentes entre o individuo e o meio de comunicação.
A nível sociológico geral,
do estrutural-funcionalismo, que
elabora hipóteses sobre as relações
entre o individuo, a sociedade e os meios de comunicação.
Bibliografia Básica:
MELVIN,
L. Defleur; SANDRA, Ball-Rokeach. Teorias
da comunicação de massa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
MATTELART,Armand &
MATTELART, Michèle. História das teorias
da comunicação. São Paulo: Loyola,1999.
WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Presença, 2001.
Bibliografia de Referência:
LIMA, Venício A. de. Mídia: Teoria e Política. São Paulo:
Editora Perseu Abramo, 2001.
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